Parece que os modismos alimentares se renovam continuamente, e o seu alcance na era digital pode chegar a praticamente todo o planeta. Mas nos últimos dias dois desses modismos foram desmascarados por cientistas renomados. Em 16 de agosto a prestigiosa revista médica Lancet publicou o artigo Dietary carbohydrate intake and mortality: a prospective cohort study and meta-analysis que relata um estudo com duração de 25 anos e que acompanhou mais de 15.000 pessoas com relação aos efeitos da quantidade de carboidratos na dieta. O resultado? Para desespero dos fanáticos pela moda da dieta low-carb, foi constatado que tanto as dietas muito pobres em carboidratos (menos de 40 % das calorias) quanto aquelas com excesso (mais de 70%) resultam em mortes prematuras (em média houve uma redução de 4 anos de vida). O nível de consumo mais seguro, segundo os pesquisadores, é de 50 a 55% das calorias da dieta sob a forma de carboidratos!

O outro modismo que caiu por terra foi o dos supostos benefícios do óleo de coco, que seria uma verdadeira panaceia. A epidemiologista Karin Michel, da Universidade Harvard, fez uma palestra na Alemanha, registrada em vídeo no último dia 10 de julho e publicada no YouTube, no qual diz, com todas as letras, que o óleo de coco é um “veneno”. Ela reforça a posição da American Heart Association que já em 2017 alertava para o fato de que o óleo de coco contém 82% de gordura saturada e aumenta o mau colesterol e os riscos de doenças cardiovasculares.

Ou seja, muita cautela com as dietas e alimentos “milagrosos”!