Um trabalho publicado pelo historiador Herwig Czech na revista Molecular Autism lança dúvidas sobre o papel de Hans Asperger como um defensor das crianças portadoras de deficiências durante o regime nazista.

Asperger (1906-1980) foi o primeiro a designar um grupo de crianças com características psicológicas distintas como “psicopatas autistas”, em 1938. A sua tese sobre o autismo, submetida à Universidade de Viena em 1942, ganhou reconhecimento internacional nos anos 80, e o epônimo “síndrome de Asperger” ganhou o mundo como reconhecimento pela sua definição dessa condição.

Asperger tem sido considerado, ainda, um oponente do nazismo e um defensor das crianças com deficiência, evitando a sua morte ou esterilização pelos nazistas.

Agora, entretanto, num longo trabalho publicado em março, Czech mostra fatos que parecem indicar que as ligações de Asperger com a ideologia e o regime nazistas podem ter sido mais estreitas do que até agora se acreditava.

É muito boa também a análise desse trabalho no blog Neuroskeptic.